quinta-feira, 5 de maio de 2011

BULLYING

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Não. Nós não resistimos e fomos “obrigados” a escrevermos sobre esse tema tão relevante e presente no nosso cotidiano. A tradução do inglês remete ao verbo inglês “bully” que significa usar a superioridade física para intimidar alguém, açõa baseada na força e no poder. Também adota aspecto de adjetivo, referindo-se a “valentão”, “tirano”. Como verbo ou como adjetivo, a terminologia bullying tem sido adotada em vários países como designação para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais ou então a caracterização se dá por qualquer agressão física ou emocional que seja praticada de forma sistemática e repetida. Quem nunca estudou com uma criança que era magrinha que todos chamavam de “Olívia palito”, a alta que virava “girafa”, o obeso que passa a ser conhecido como “baleia”, “rolha de poço” e assim por diante, o que usava óculos que se transforma no “quatro olho” assim como o “vesgo” ou o “barrigudo”. Nos dias atuais, todas essas humilhações, ao invés de serem chamadas de “piadas sem graça”, viraram Bullying. O problema existe e ninguém tem o direito de menosprezar, achincalhar, avacalhar, servir de chacota ou ser ridicularizado na frente de colegas, no trabalho, em casa, ou na rua. Também não podemos atribuir somente a isso a questão do horror na escola do Rio de Janeiro. O que se discute atualmente é o que é exagero, o que é permitido, o que é violência, quais são as conseqüências e o que é permitido. Exemplo: o aluno em uma determinada escola é obeso. O colega de sala o chama de gordo. Isso é Bullying? O que também não pode acontecer é tudo virar Bullying, conforme exemplos abaixo: 1) O motorista colide o carro com um outro carro que esteja sendo dirigido por uma mulher e ao sair do carro, exclama: “só podia ser mulher” bullying? 2) No transito um motorista xinga o outro: “tá fazendo uma baianada heim?” bullying?. 3) O sujeito brinca com outro no trabalho: “ho negão, tu é folgado heim?” bullying? 4) O repórter pergunta a vossa excelência o Senador, se ele acha justo receber uma aposentadoria de 24 mil reais, bullying? Achamos que o que não pode acontecer é o desprezo, o deboche, a ridicularização e atos que provoquem a violência, mas as brincadeiras de crianças devem continuar existindo, sob pena de incentivarmos a formação de uma futura geração de “intocáveis”.