quarta-feira, 23 de março de 2011

A polêmica repetência

O MEC recomendou que as escolas não retenham os alunos dos três primeiros anos do Ensino fundamental. O fato gerou uma polêmica e eis que surgem os defensores que apontam os seus motivos, ou seja, o aluno não estaria com o pavor de reprovar de ano, a repetência poderá causar conseqüências terríveis para a criança. Só para citar um exemplo, no Distrito Federal, por exemplo, a rede pública criou o Bloco Inicial de Alfabetização, chamado de BIA, em 2005 que determina que alunos dos dois anos iniciais do ensino fundamental não podem repetir o ano. Mesmo assim, de acordo com dados do censo escolar de 2009, o DF ainda tem uma taxa de 8,4% de reprovação nos quatro primeiros anos, sendo que no terceiro esse número sobe para 17,5%, incluindo alunos com mais de 25% de faltas (Fonte: Correio Braziliense 21/03/11). Acreditamos que o número é expressivo e exige um estudo sobre o assunto. Do outro lado da moeda, estão os defensores de critérios para a reprovação dos alunos. Defendem a ideia pois passar o aluno direto, seria “enganá-lo” pois o mundo o cobrará mais tarde, além de influenciar o aluno a levar os estudos na brincadeira sob a alegação do “já passei”. Para alguns especialistas em educação, a reprovação e conseqüentemente as broncas dos pais, a falta de acompanhamento com os colegas da mesma idade e classe, geram estímulos aos estudos pelos alunos. Nós do Cejabrasil não ficamos em cima do muro e optamos pela não aprovação automática e sim em outras medidas, como a qualificação dos educadores, metodologias inovadoras, revisão de conteúdos e disciplinas e aplicação de tecnologias na educação.