quarta-feira, 27 de abril de 2011

BRASÍLIA

Apagamos as velinhas porque Brasília completou 51 anos. Pode-se observá-la como uma maioria de brasileiros, como sendo uma cidade de corruptos e corruptores. Quem olha Brasília de fora do quadradinho do mapa, pressupõe que a cidade seja feita apenas de nossas mazelas políticas, portanto, confunde o cenário como se fosse a corrupção uma doença ou uma epidemia. Quem tem o privilégio de acompanhar a vida dessa cidade de 2,6 milhões de habitantes diariamente, pode observar uma cidade com arquitetura moderna, versatilidade, correria, trabalho, bela, vasta, sofrida, criativa, inquieta, cultural, ecológica, audaciosa, em fim a nossa capital. O espaço é muito pequeno para descrever tamanha grandeza de uma cidade planejada, feliz e repleta de luz, de sol, do céu azul de brigadeiro como diria Osvaldo Montenegro, ou então como escreveu Paulo Mendes Campos “até os cegos podem ver Brasília pela vibração sutil e confortável de espaços abertos”. Brasília é o que é, apesar dos políticos que outros estados fora do quadrilátero nos enviam. Há muitos motivos para festejarmos. E aos que não nos enxergam com nossas qualidades, fiquem com a frase do nosso fundador Juscelino Kubitschek: “Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história os que não compreenderam e não amaram esta obra”.